Após alguns anos de afastamento da prática desportiva motivado pela pandemia de Covid-19, que deixou marcas profundas também no Desporto Adaptado, a Federação Portuguesa de Voleibol vai procurar reavivar a prática do Voleibol Sentado, respondendo afirmativamente a mais uma solicitação social ao mesmo tempo que cumpre um dos seus objectivos primordiais: «proporcionar a prática do Voleibol a toda a gente».
Ao longo dos tempos, eram os atletas que tinham de se adaptar ao desporto que era praticado por todos, mas agora existe a oportunidade de praticarem um desporto que é adaptado aos atletas. E um desporto que pode ser muito divertido e espectacular.
A tentativa de relançar a prática do Voleibol Sentado passará por várias formas, entre outras, um incentivo financeiro para a formação de equipas, a atribuição de material (redes e bolas, etc.) e ajuda de custos nas deslocações das equipas para jogos oficiais, como medidas de estímulo à criação de equipas e à integração do Voleibol Sentado como actividade regular e competitiva.
A importância do Voleibol Sentado reflecte-se na aproximação dinâmica à inclusão social em si mesma ao constituir uma vivência de uma realidade partilhada por todos, daí que a FPV defenda que o Voleibol Sentado, como projecto de desenvolvimento, deve ser jogado por pessoas com e sem deficiência, constituindo-se assim uma modalidade de verdadeira inclusão.
As vantagens do desenvolvimento do Voleibol Sentado são bem evidentes, com a modalidade a agir como impulsionadora da integração social e desportiva de pessoas com deficiência ou com incapacidade, possibilitando o acesso à prática do Voleibol a todos, promovendo a igualdade de oportunidades de participação activa e de intervenção de todos os cidadãos e possibilitando a prática de uma modalidade colectiva que cultiva os valores cívicos e aumenta os níveis de integração psíquica e social, bem como da qualidade de vida.
Foi nesse contexto que a FPV decidiu implementar, há alguns anos, o ParaVolei, projecto esse que englobava o Voleibol Sentado, dirigido a pessoas com deficiência motora e multidificiências, e o Involei, direccionado para pessoas com deficiência intelectual.